sexta-feira, 17 de abril de 2009

Diário - Quinto dia

Bom, vamos lá, dessa vez nada de romances, críticas políticas subjetivas, as já tão faladas alusões, nada disso. Só quero um pouco mais de cheiro, um cheiro verde que a tempos não sinto, isso não necessariamente deveria estar expresso aqui, se bem que nem sei o porque esta. O dia foi pouco pertinente, uma porcaria de mais uma crise de bronquite, uma brincadeira pouco sucedida e um aparelho de comunicação defunto, plenamente sem vida, uma tarde com pouco sol, combinação perfeita para no final me sentir até um pouco leve (quem sabe a respiração tenha voltado) hehe.
É bom, raramente, se dar conta do quanto independente ficamos, do quanto alguns dias podem ser vagos, e voltar a ser um pouco mais animal, racionalizar. Hoje não coloquei a mão no bolso por muitas vezes, não senti tanta fome, parando pra pensar, pouco pensei; apenas fui agindo, sendo um pouco paciente em mais uma fila. Quem sabe eu não tenha grandes ambições materiais mesmo (me deixo levar mais facilmente por prazeres provenientes de várias formas), os meios eu admito que sejam infinatamente mutáveis, traduzindo (não me apego a cifrões), me interesso mais nos fins, não tenho sonhado com uma imensidão de objetos (e não pense que nunca tive oportunidade de tê-los, mesmo não sendo possuidor de grandes terras), as pessoas sinceramente me atraem muito mais, e pode parecer perfeitamente tolo nos dias de hoje às vistas de muitos, mas é delas que eu preciso...

Um fato isolado..

Uma certa nostalgia de quando minhas pernas me permetiam estar mais próximo do chão, do cheiro agradavel da calçada molhada, das luzes passando sobre o asfalto vagarosamente frias, quem sabe seja até que um deja'vu tenha me abraçado. Mas a história de desenhar o sol com tijolos de construção pode ser mais agradável doque parece.

Umas interrogações..

Até quando nessa paulicéia desvairada?! preciso realmente disso tudo?! Pode parecer que não, mas estamos todos englobados, capsulados, bitolados em um mesmo sistema, que em pouquissimas ocasiões nos permite ir contra ele.
Sinto falta de um belo horizonte, um horizonte que apenas eu vivi, não este atual, com representantes juvenis da classe média com vozes prepotentes e um sotaque deformado, diferente doutrora (sou mineiro, tenho todo direito de apontar os defeitos que eu acredito, não me incomode); um horizonte sendo visto passar pela janela cansada e respingada depois de um dia sem grandes ambições materias, afinal das contas eu só pensava em crescer pra ver no que ia dar!!
aaaa sim, antes que alguém imagine besteiras, hoje, apesar de todas as diferentes dificuldades me sinto muito melhor, poxa, consegui (eu acredito) parte grande de tudo o que mais preciso, uma pessoa (pra não deixar fugir do deploravel, ou não, espirito de escrito de porta de botequim)! Vou me indo, já é tarde o bastante...

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