sábado, 30 de maio de 2009

Problema social à base de bala

"Então o tempo, que não combinava com o progresso, vinha como doença, de dentro para fora dos habitos.
Quando ele amou tão forte como uma bola de fogo, ela, o chão e alegria de poder fazer mais uma curva em sua historia"

06 de Novembro - 1896

O vento misturado ao mormaço espalha o misterioso, ora empolgante, ora aterrorisante sentido de morte em Canudos. 6 de novembro foi a data na qual a 1º Expedição de Assassinos zarpou de Salvador em busca de destruição. Os motivos que originaram são muito controversos e mascarados, mas acredito que nenhum deles possa justificar as mais de 20 mil mortes; um deles pode ser entendido pela condição do arraial, Canudos tinha uma alma latente, composta por gente fervoroza e devido a isso o governo precisou de 4 expedições, muita pólvora, salitre e chumbo para transformar os sonhos de Antônio Conselheiro em ruinas, há correntes que acreditam até mesmo em uma certa tentativa de lutar por uma independência; mas o que possivelmente mais assombrava as elites não só nordestinas, era a indignação de Conselheiro com o estado de seu povo, com a miséria que rondou e continua rondando tais terras, e para indiganção, infelizmente, a resposta até hoje é bala.

Do morro da Favela, avistou-se a devastação e por ele escorrerou a covardia de uma nação contra um povo sem voz, o nome Favela foi "carinhosamente" atribuido aos morros de hoje em dia; onde a mão armada em cumprimento ao dever legal continua decaptando vidas, claro que a criminalidade (sem a pretensão de fugir ao assunto principal) deve ser combatida, mas por outro lado havemos de lembrar que ela brota da miséria, das diferenças acobertadas por nossos cartões postais.

Canudos foi isso, um problema social, calado à base de pólvora e chumbo!

Haveria muito mais a ser dito, mas realmente o melhor que possamos fazer é agir, buscar igualdade prática é preciso.

Desabafo de uma semana...

Voglio solo che tutto quello che viene di nuovo come prima. Si ritorna a tutta la mia.
Questo è un sogno dal quale mi rifiuto di uscire.
Chi conosce le difficoltà che si stanno prendendo da me.

Sto facendo tutto il possibile, mi creda!

sábado, 23 de maio de 2009

Para Sophia, Arthur e a Razão de tudo isso

Acontece que hoje eu acordei num perfeito domingo de manhã, por bem querer o sol começou a esquenter nossos pés, alguns passos pelo corredor com pisos de madeira, um pouco de tapete e uma aconchegante porcelana de chão, misturado com os cheiros de vida, me empenho ao máximo por tudo aquilo no qual eu possa dar uma parte grande de mim. E pela maravilhosa razão de mais um dia, seus pés encolhidos por um vento frio que logo passa, leves e carregados de paz, se aproximam, por instinto natural seu sorriso ensolarado me apanhaa; eu não preciso pronunciar se quer um grunido, tenho tudo de mais magnifico que possa existir à minha frente, com planos realizaveis em 24hrs. Então breves choros, a liberdade será deles a ponto que nem se quer nossa superproteção possa delimitar, por enquanto só Phia e Thu me superdosam com os melhores sentimentos engatinhados desse mundo . Os papéis encontram-se perfeitamente definidos, com todos seus passos e forças manipulados para um final num domingo de manhã...



sexta-feira, 22 de maio de 2009

F.u.r.t.o

Não se preocupe comigo
Mas eu não volto mais pra casa não!

Eu que talvez esteja mais próximo que pareça
Vago no umbral da vida ou nas lembranças da beleza
Não sei se virei fim ou me perdi em mim
Mas, nessa expressão posso ser história em recomeço
Psicografado, nunca esquecido ou requerido
Não se preocupe comigo
Mas com a época que devora caminhos e destinos
Com tanta pressa
Apagando rastros que nos ensinam e nos permitem voltar !

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Meia dúzia de palavras

Eis que passou a arquitetar seus sonhos sobre bases sólidas, migrando para um novo fim, prospero e alcançavel ! Eis que o esforço de fato passou a ter sentido, que algumas amarras foram soltas, e passos maiores puderão ser sonhados.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Eu te amo (recomposição)

Foi pensando em você que despedacei meus castelos, me joguei ao mundo, de peito aberto, no que der e vier. Sem pensar, que nossas pernas entrelaçadas me fazem confundir com quais pernas devo seguir. Incendiei meus navios, em labaredas que ainda me consomem, e por mau pensar, agi como haveria de agir. Pestanejando minhas certezas, as certezas que tenho. Frustrando meus desejos. Pensando em você, exigindo o que é difícil, te amando a qualquer preço, só pra provar que ainda sou teu!

Ps. Pensando em você que Buarque passou a ter sentido!

sábado, 9 de maio de 2009

Informativo

Fechado temporariamente para balanço...

Pensar, só isso.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Reciclagem de esquecimentos pertinentes

Andam dizendo por ai que tenho olhos de preocupação, bocas de exaustão, pés desalentos e tudo mais, na verdade tenho nada disso; há de se lembrar que não existe combustível para uma viagem inteira, as vezes é preciso desligar os motores e deixar o vento levar, o tal do correr a revelia, depois a gente pega tudo mais ou menos como está mesmo e continua viagem. Se bobear preciso mesmo só de uma força, um pouco de facilidade; e pensando bem, devo estar sim com um pouco de tudo isso supra citado, é que a vida fere e cansa por momentos..

"Afeto - exagero - insuportância - legitimidade da morte presumida"

Se deixar levar a qualquer inflação, por mínima que seja, é só uma oportunidade de aliviar!
Um pouco valentão demais, confiante na crença de seguir unilateralmente" demais, otimista demais, e nisso, os olhos se abrem ou fecham quando menos se espera.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Postulado sem juizo (ou Coronelismo Contemporâneo)

"Há de se ver que meu voto, como o próprio nome diz, é meu, não existe uma razão obvia para discutirmos-o em praça pública, tal qual espertalhões em botequins discutem futebol"

Não há como não notar, o transpassar dos dias, e a dependência cada vez maior em relação principalmente aos setores Executivo e Legislativo de nossa nação, em quanto nas capitais são empresas (construtoras, prestadores de serviço e fornecedores em geral) que praticamente parasitam Governadores, Prefeitos, Deputados e todas as demais "hierarquias de privilegio garantido", nos interiores, sertões (os coronelados dos grandes e pequenos sertões) a própria população em sua grande maioria passa a carrapatear o legislativo e executivo, crendo eu que não seja por falta de instrução intelectual, já que quem escreve tamanhas sutilezas saiu a pouco de uma escola pública no interior de Minas (o que me dá o direito de apontar possiveis falhas e não me julgar menos ou mais inteligente que outrem), e sim pura necessidade de ser visto e bem visto diante de um ciclo de pessoas, e quem sabe o mais puro comodismo e a crença deque seja tal esta uma forma simples de dinheiro facil, carniçar prefeitos e vereadores nestes casos pode ser uma ótima saida. Por menor que seja a instrução de qualquer cidadão, podemos concluir que tais poderes apenas foram desenvolvidos com o objetivo de democratizar e organizar a sociedade (dos sertões às metropoles); o voto não se deve dar aquele que dá mais ao povo, que de um ponto de vista mais radical, cria uma sociedade mendiga, dependente de suas esmolas e sem a menor pretensão de desenvolvimento; é por obrigação de qualquer dirigente e disso todos sabemos, propiciar qualidade de vida na medida de suas atribuições, prover vias para o desenvolvimento economico independente, e não, de forma alguma, criar uma população que pelo menor espirro do prefeito torna-se completamente pesteada. À medida que jovens cada mais vez se desenvolvem com o objetivo principal de conseguir uma vaga arranjada em umas das secretarias desorientadas, a sociedade caminhará rumo ao buraco.

O mesmo pau de arara que busca para votar, leva pro canavial, trás para o bolsa coelho (quantos mais filhos mais bolsas) e para todos os outros acontecimentos sociais, nos quais o cidadão com menos sorte vê cada vez mais longe sua dignidade!

Ouvimos muito falar de Valérios, Jefersons, Calheiros; quando não possuímos a capacidade de enxergarmos em nós mesmo a base da corrupção, cada vez que pensamos em benefícios onde não deveríamos tê-los. Isso não é política, é inconformismo com o ponto para o qual grande parte dos seres humanos caminham.

(Foto de Janio Quadros na pista do Galeão, apelidada de "Direita ou Esquerda?", e qual seu rumo enquanto cidadão? Segue um ou segue outro...)