quinta-feira, 31 de julho de 2008

Daltônico

Sou formado por cores, dores e sorrisos. Predominância de um sutil marrom, não estes marrons tristes que estampam roupas dos meninos de 46 que jogam dominó na praça, um bem mais feliz, que se permite brilhar com excesso de calor e quase esticar no frio. Enfrentando e observando todas as controvérsias do mundo, retinas e uma iris de um castanho escuro, quase de um azul petróleo, mas um quanto úteis, capturando e armazenando as melhores e mais vivas paisagens já vistas; um pouco abaixo, alguém que se julga dominadora de nervos, levemente rosada, provocando e causando arrepios em sua dona, fria, quente, molhada e perigosa, equipada com movimentos e tudo mais, quase uma criminosa; no interior da última descrita,temos formações de cálcio extremamente necessárias de um branco tímido, que sempre dispostas estão a sentir um pouco de ar e se mostrarem ao mundo, tal vontade provocada por palavras alheias, pelo brilho de um olhar, ou pela singela conversa inter-aula no bar. Possuidor sou ainda de mãos bicolores, algo como branco rosado coberto com uma engraçada cobertura latina americana, um quanto ágeis e habilidosas” (*hoho). Estou também sempre coberto por meus sonhos, pintado de dores, dores e amores; reservando o melhor de mim para ela, para encontros, e eu tenho um encontro marcado, buscaremos cores ainda mais vivas, deixaremos o cálcio interno da boca expor-se sem pestanejar, e não nos importaremos nem um pouco se a retina, Iris e tudo mais forem cobertas por um liquido “muito do sincero”!! Sob tudo isso, tenho pés, com características de pigmentação muito parecidas com as mãos, pés estes que vão me levando, que assistem fluir sob eles caminhos cada vez mais trilhados e guiados por motivos e prioridades !!

Aaa sim, por vezes eu daltônico incentivado sou, confundindo minhas cores com a suas, e alquimista desvairado “mutando” um perfume novo entre o meu e o dela!

domingo, 27 de julho de 2008

Dos novos acordes

Foi um quanto estático, se matando ao longo do dia para não morrer, sinfonias extensas de silêncio e nada mais, azul boreal acinzentado, pareceu por momentos estar desvinculado de tudo (que controverso isso), foi como viajar em suas próprias idéias, enquanto alusões a escritas anteriores estava cada vez mais perto e distante (simultaneamente) da insanidade (passageira), insanidade que promove e decide (as vezes parece loucura). Tenho olhos agora fixos, decaídos a direita, sinuosos, pouco esperançosos, aaaaa, e havera de ser assim por voltas e mais voltas do marcador horário; se não resta mais nada, "ao menos uma interrogação"! Desconjuntura de pensamentos, exatamente os curtos que se passam sobre nossa cabeça sã... Permitir-se um momento de particularidade, porque agora, agora é fácil desafiar o mundo sem sair de meus aposentos, mas luta de verdade" eu prefiro adiar. E a verdade que nos leva a trabalhar, surrar, sacrificar, que lhes permitem roubar!! Nos promete ao fio de tudo 1/3 de sorrisos, por contrapartida é também pouco honrada...


Um fatal comentário de Pessimismo. (não busque mais rodapés)

Olhos avante, queixo semi-erguido (bom rapaz)

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Da mera alusão à Azevedo

As nuvens vieram se mostrando cada vez mais baixas, cintilantes, agora opacas, a visão envergando-se temperadamente turva; estara agora cada vez mais longes dos pesadelos, cada vez mas distante da realidade, seus dentes insistiam em se colocarem à mostra, breve e súbita insanidade, o homem frio de pele quase metálica e rígida, de poucos amigos havia de ter se apaixonado, o instante foi demasiadamente ineficaz ao tempo, não ao momento, e sim ao tempo, agora sim, pudera descansar em paz, haveria de ter inspirações para compor infinitas serenatas, de produzir sequências ininterruptas de sonetos; mas como aquilo chegava a ser enjoativo aos olhos alheios, a conspiração viera de forma errante, o bravio e juvenil aspirante à doutor decidiu por si planos e sonhos, plainou sublime sobre imagens gélidas, outrora navegadas com agasalhos ralos ! Tudo ocorreu um uma única noite, em um eminente sonho eterno, em um beijo ganhado e um dia que veio por amanhecer... Mudando perguntas e improvisando respostas.