sábado, 19 de junho de 2010

Pois é

Agora eu vou escrever de coração aberto, vou escrever pra que eu mesmo leia, pra que eu preste atenção no que penso, pra que eu preste. Das minhas estâncias, faço-me obrigado a ser rei soberano. As pessoas na rua não se deixam levar, eu não devo me deixar levar, tenho por obrigação me guiar, o minímo possível, nem que seja pra me desviar, nem que se seja pra não dar com a cara no muro.
As coisas novamente parecem descarrilhar sob meus pés, sinto frio e ausência de muitas coisas, coisas essas essênciais pra mim. Meus pesadelos sussuram afrontas em meus ouvidos. Eu posso ser maior que todas elas; mas agora estou cansado, magoado, exausto...

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Devassidão Cultural

Porcos imundos, ignoram nossa cultura, como bêbados fazem com a própria moral. Cresci e me desenvolvi no Grande Sertão Veredas (às margens da represa de Três Marias, nas águas do São Francisco), poxa, eu tinha direito de saber disso, mas não, me falaram de tudo, de Curupira, quadrilha, computadores, do filho prefeito da puta que pariu. Pestiavam minhas idéias com suas inutilidades. Faltou e sempre vai faltar (pelo menos enquanto dermos mais valor à cultura alheia) gratidão ao nosso passado. Chico Mendes ainda é nome no Norte, "Padim Ciço" chega a ser uma figura mitológica no Nordeste, o Sul chega a ser arrogante pelas tradições e devoção a seu passado; mas a nós, que nos dizemos o coração da economia brasileira, nos resta idolatrar um ou outro "artista" americano em alta da semana.
É necessário que mostremos a nossas crianças, fruto doque elas são, ninguém é filho de chocadeira; é preciso dar mais valor a nossa terra, mais valor a nossa história, nossa cultura não pode se resumir a onze jogadores !

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Medo

Tenho medo, medo das adversidades que posso encontrar, medo das incertezas que me rondam, tenho medo da pouca (ou quase nenhuma) estabilidade que possuo, tenho medo das cobranças não raramente exacerbadas que me faço, mas sei lá, acredito que meus infantis sonhos possam confrontar isso, eu estou sonhando, apenas sonhando, pensando em dias melhores, em decisões mais fáceis. Auto-pena, eu não quero ser mais um frustrado recorrendo a ela, tentando se livrar do peso dos próprios passos errados.
Pra falar bem a verdade, eu só preciso de algo no que me apoiar se todas as coisas que eu pretendo tentar daqui pra frente derem errado, se o tiro que tanto temo em disparar no escuro sair pela culatra.

Daqui, do alto do cruzeiro de onde minhas idéias confusas se entrelaçam, eu acredito e acreditarei nos caminhos conturbados mas válidos que me esperam..