quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Nas nuves (ou cloud live)

Cá, de onde estou, não se passam muitas coisas, não tem esse raio que me faça dançar, é escaldante, chato, porém ainda me resta(va) umas oportunidades de pisar em solo firme, de sentir o gosto bom de estar vivo. Mas não, quando mais se gosta do fortuito veraneio, têm que me ejetar, e a velocidade de subida, nisso, só nisso, é um quanto mais rápida que a descida; não sei se conhece a sensação, mas quando se é ejetado, não temos a mínima oportunidade de descolar a porcaria da bunda daquela poltrona, o fdp que nomeou essa tal de inércia esqueceu de ressaltar que só serve pra fuder, numa curva, a gente se ferra com a inércia, numa reta também, numa descida, e nessa subida pros raios e perto do sol mais ainda. E pro descontentamento de quem interesse, eu não vou ficar sentado aqui, to bem inclinado a beirar uma nuvem e me largar lá pra baixo, quem sabe me esborrachar em seus pés, mas como é de se levar em conta, as chances de plainar são grandes. Ou resolvem essa merda ou eu mesmo resolvo, e não me largo do retrato que trago comigo.
rotina das nuvens

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Perfeição (ou palavras frias e Santo de barro)

Hoje minhas idéias voam longe daqui, no patamar de importâncias, as quais a fazem descer, declinar, passam longe daquilo que já foram. Independência gera uma dependência cada vez maior, uma necessidade de ter onde se encostar, onde pedir socorro. E entre outros obstáculos, venho me adaptando ao silêncio, não que ele seja ruim, às vezes é o suficiente para que possamos refletir sobre tudo que estamos fazendo, sobre todas nossas decisões. Cada um de nós, nos consideramos seres perfeitos, completos, repletos de virtudes e com defeitos quase invisíveis; sinto muito magoar meu ego, mas não sou assim, defeitos jorram de mim, e por reconhecer o "não-completamento", me expus ao ridículo, a cara?! essa se lava (espero que por si só), bola pra frente...

"Mi fermo a pensare
Ma non credo più
Un minuto
Senza pensare che qualcuno
Che non si ferma a pensare"

Não se perdem sentimentos por conveniência, nada muda por palavras (ou a falta delas)...

Perdoe-nos, somos seres inexplicáveis...