sexta-feira, 4 de julho de 2008

Da mera alusão à Azevedo

As nuvens vieram se mostrando cada vez mais baixas, cintilantes, agora opacas, a visão envergando-se temperadamente turva; estara agora cada vez mais longes dos pesadelos, cada vez mas distante da realidade, seus dentes insistiam em se colocarem à mostra, breve e súbita insanidade, o homem frio de pele quase metálica e rígida, de poucos amigos havia de ter se apaixonado, o instante foi demasiadamente ineficaz ao tempo, não ao momento, e sim ao tempo, agora sim, pudera descansar em paz, haveria de ter inspirações para compor infinitas serenatas, de produzir sequências ininterruptas de sonetos; mas como aquilo chegava a ser enjoativo aos olhos alheios, a conspiração viera de forma errante, o bravio e juvenil aspirante à doutor decidiu por si planos e sonhos, plainou sublime sobre imagens gélidas, outrora navegadas com agasalhos ralos ! Tudo ocorreu um uma única noite, em um eminente sonho eterno, em um beijo ganhado e um dia que veio por amanhecer... Mudando perguntas e improvisando respostas.

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