quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Psicodelismo semântico

Meu caminho eu mesmo tenho feito....Assim como meu arroz e meu café em pó solúvel (isso sim é poesia), mas café realmente não me agrada.

Ando em metrôs, cada vez mais abarrotados, cada vez mais vazios, o preenchimento do espaço não necessariamente físico, e como um púlpito indomável de igualdade e reconhecimento eu poderia até implorar a todos aqueles que me cercam que me enxergem e apelar pela valorização do próximo por mim mesmo! Eu até pensava ser efeito da globalização (coloque a culpa nela quando faltar alguém) ou do êxodo rural essa falta de afeto; mas é mentira, mentira assim como minha mãe me ensinou que é feio dizer na cara (foi necessário ser na fuça agora, assim como a quantidade de parênteses), nos interiores que possuo tanto apreço já não me sinto tão a vontade de pedir açúcar ao vizinho, eu sequer sei o nome completo dele, nem o apelido, e muito menos quem ama...

De uma forma inesperada, e cortando todo o raciocínio, eu vi, vi sim, com meus próprios olhos neste mesmo metrô, o reflexo de um japonês que visava uma negra, essa que possuía em mente o alemão fortuito de calçados italianos, que olhava de fato italianos; me senti brasileiro, ou qualquer coisa que não esteja enquadrado nos patamares anteriores. E como bom brasileiro que sou, dos mais patriotas e apoiador do nacionalismo, notei o vazio no olhar, ninguém, absolutamente ninguém (a redundância possui um efeito fantástico) pensou em momento algum na história alheia. E o que mais me sufoca é saber que nunca mais poderei devolver o dinheiro perdido, ou o grampo de cabelo, ou até mesmo o pingente de família para um, já que aqui são mais 12000000 deles, e nesse quase impossível ato de honestidade também não poderei saber de suas histórias, vontade é ter o desejo de parar um a um, e saber se estão felizes de ‘fato’...Arrepios... não sou Deus pra ter todo este poder e dever, mas ser amigo já seria sensacional. Mas uma vez no Concorde apressado do fim de noite me deixei levar, como o filosofo que tem a consciência de que todos são importantes o bastante para se julgarem mártires. Reconhecimento, é apenas o que todos esperam, basta observar...e busco na contração de cada pálpebra alheia o reconhecimento que desejam, e respeito em cada olhar o ser HUMANO que o outro é!!! Cativar simplesmente nós mesmo, pq isso aqui é redondo e dá voltas...aaaaa sim, HumildadE (lindo isso).



Um comentário:

Juliαяα ઇઉ彡 disse...

Vou patrocinar msm o livro desse "gênio" ....
rsrs