segunda-feira, 22 de setembro de 2008

As verdades não ditas

Dessa vez está sendo impossivel juntar todos os meus pedaços esparramados!
Dessa vez as marcas estão vivas na luta com o orgulho.
Dessa vez eu já nem me vejo mais
Dessa vez que se dane a poesia, é real
Dessa vez tem sido fatal
As horas vão continuar não passando, a garganta continuar se fechando, os olhos continuarão buscando... As dúvidas agora são minhas, os medos são meus, as incertezas teimam em rondar minhas idéias, é vontade e temor numa coisa só.
E do pouco que ainda me resta, não é assim que vou morrer em mãos, em suas mãos!!

O, comeu meu nome, minha identidade, meu retrato
O, comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço
O, comeu meus cartões de visita, o, veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome
O, comeu minhas roupas, meus lenços e minhas camisas
O, comeu metros e metros de gravatas
O, comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus
O, comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos
O, comeu minha paz e minha guerra, meu dia e minha noite, meu inverno e meu verão
Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte
(O amor)

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